Para celebrar os 170 anos de fundação, trazemos para você a História da Obra em Literatura de Cordel.
No dia dezenove de maio
De mil oitocentos e quarenta e três,
O Bispo de Nancy, na França,
Desejou ajudar o povo chinês,
Em especial às crianças,
Que são, do mundo, a esperança
E que terão a sua vez.
De mil oitocentos e quarenta e três,
O Bispo de Nancy, na França,
Desejou ajudar o povo chinês,
Em especial às crianças,
Que são, do mundo, a esperança
E que terão a sua vez.
Com esse pensamento inspirador,
Os adultos ele foi procurar,
Mas não deram a mínima atenção
Para o que Dom Carlos estava a falar.
Foi aí que as crianças assumiram
O compromisso de servirem,
Com uma ajuda singular.
E lá estavam as criançinhas
Com seu gesto a praticar:
Rezando uma Ave-Maria todo dia
E uma moedinha a doar.
Esta iniciativa se espalhou
E muito apoio ganhou,
Para a obra continuar.
Crianças felizes e alegres
Com sua nova missão
Convidavam os amiguinhos
Para participar da reunião.
E cada dia que se passava
A Obra aumentava,
com muita inspiração.
Em mil oitocentos e quarenta e quatro,
Sessenta e cinco dioceses alcançava.
Dom Carlos acaba falecendo
E setenta e oito anos depois é proclamada
Obra Pontifícia Missionária,
Onde crianças solidárias
Anunciam a Boa Nova amada.
O exemplo era tão belo,
Que tocou o coração
De bispos, padres e freiras
Que aderiram a esta nova missão,
Tornando-se assessores,
Junto com leigos zeladores,
Batizando e levando bênção.
Para as famílias era uma honra
Ver seu filho participar.
Por isso, no dia do seu batismo,
Faziam questão de o cadastrar,
Para uma formação receber,
O Evangelho conhecer,
E muitas outras crianças amar.
A Obra da Santa Infância
Conta com grandes proteções:
Santa Teresinha, que foi inscrita,
E que é padroeira das missões;
Junto com São Francisco Xavier;
A Virgem Maria e São José;
E muitos outros nas intercessões.
Grupos de crianças se reúnem
E realizam determinada missão.
E se vemos apenas doze crianças
Em alguma reunião,
É para dos Apóstolos recordar,
A infância de Jesus lembrar,
Pois era, do fundador, a intenção.
Dom Carlos nos deixou bem claro
Que todo batizado tem uma missão.
Mas não só se refere aos adultos,
Pois criança tem com a fé obrigação.
São pequeninos missionários,
E o simples gesto solidário
É o sacrifício e a oração.
Em escolas e hospitais,
Orfanatos e associações,
Estava presente a Obra,
Evangelizando gerações.
Levando muita alegria,
Pois crianças têm energia
Para alegrar muitos corações.
Muito bonito observarmos
Crianças com um ideal
De evangelizar outras crianças,
Até em ritmo cultural.
E lá vão elas, com pé no chão,
Cumprindo a sua missão,
Pois, para elas, é essencial.
A missão além-fronteiras
Começa no coração.
Foi como tudo começou,
No início da fundação,
Pois as crianças não podiam viajar
Para ir lá evangelizar,
E então nasceu essa inspiração.
Hoje a Obra está presente
Em países de se admirar,
Onde a guerra é presente,
Sede, fome e falta de lar.
Mas como o Cristo nos mostrou
Que Ele é o nosso Pastor,
Então nada nos faltará.
Rezemos pelas crianças
E adolescentes, em particular,
Para que dêem continuidade,
Para a IAM prosperar.
E que, a cada dia,
Com a intercessão da Virgem Maria,
Possam o evangelho anunciar.
Autor: Flávio Lorrane Clementino de Almeida
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